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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Hiparco construiu o primeiro mapa estelar



Hiparco , em grego Hipparkhos, viveu entre 190 a 126 a.C, foi um astrônomo, construtor, cartógrafo e matemático grego da escola de Alexandria.

Hoje é considerado o fundador da astronomia científica e também chamado de pai da trigonometria por ter sido o pioneiro na elaboração de uma tabela trigonométrica, com valores de uma série de ângulos, utilizando a idéia pioneira de Hipsicles (180 a. C.), herdada dos babilônios, da divisão do círculo em 360 partes iguais (140 a. C.) e a divisão do grau em sessenta minutos de sessenta segundos.

Foi este matemático que criou o primeiro astrolábio destinado a medir a distância de qualquer astro em relação ao horizonte e concebeu o sistema de localização pelo cálculo de longitude e latitude, dividindo o mundo em zonas climáticas.

Hiparco, através de um aparelho que seria o percursor do teodolito moderno, confirmou que a distância das estrelas não era fixa na esfera celeste (é a esfera de raio infinito centrada na Terra ou no Sol). A partir dessas observações, deduziu que o plano que contém a órbita da Terra deveria ter-se deslocado em sentido anti-horário.

Já convencido de que a esfera celeste não era constante, dispôs-se a fazer um mapa estelar, pois queria um catálogo onde pudesse registar a luminosidade apresentada por cada estrela da sua época. A ideia era baseada na configuração dos astros que poderiam sofrer outras alterações além das periódicas, já conhecidas. Essas alterações talvez só passaram despercebidas pela lentidão com que se processavam.

A Hiparco atribui-se a descoberta da precessão dos equinócios, seu maior feito científico. Equinócios (da primavera e do outono) são como são chamados os dois únicos dias do ano nos quais o dia e a noite têm a mesma duração.

Eles ocorrem em março e em setembro quando o Sol, em seu aparente movimento em torno da Terra, cruza o equador celeste – que é a projeção do equador terrestre numa esfera imaginária de estrelas fixas, denominada esfera celeste.

Hiparco descobriu que o Sol não está sempre na mesma posição do zodíaco quando ocorrem os equinócios. Em outras palavras, os pontos em que a trajetória aparente do Sol cruza o equador celeste mudam (na verdade se antecipam, ou precedem – daí o termo) com o tempo.

A maneira como Hiparco percebeu este fenômeno foi bem simples: Timocaris de Alexandria, em suas observações sobre a estrela Spica, havia registrado a posição desta estrela a 172º do ponto vernal (equinócio de primavera no hemisfério Norte) no ano de 273 a.C. e Hiparco, ao valer-se destas observações, notou que Spica estava "deslocada" 2º em relação ao ponto vernal, no ano de 129 a.C. A partir daí, deduzir que havia um deslocamento angular na esfera de estrelas, lembrando que naquela época acreditava que a Terra não girava, e portanto não possuía pólos ou eixo de rotação, foi fácil. A esfera de estrelas sim possuía um eixo (e pólos e equador).

Esta precessão é bem tênue, de apenas 50.290966 segundos de grau por ano. Hiparco apenas o percebeu pois ao longo de 144 anos (desde as observações de Timocharis de Alexandria) esta pequena variação transformou-se em 2°.

Dessa maneira, a precessão dos equinócios era interpretada como devido a um deslocamento do eixo da esfera das estrelas. Além disso, naquela época, nada permitia concluir que esses eixos executavam um movimento semelhante ao de um pião.

Todas as informações sobre a sua vida e obra são originadas das obras de terceiros como Ptolomeu e Estrabão. Na obra que Cláudio Ptolomeu desenvolveu com base na reunião do conhecimento enciclopédico da época, o Almagesto, aparece numerosas referências a Hiparco, pois foi reconstituído partes do seu pensamento e das suas descobertas.




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