CURRENT MOON

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Lindas Nebulosas planetárias

Clique nas imagens para ampliar



São constituídas por um invólucro brilhante em expansão de plasma e gás ionizado, expulsa após a fase de estrelas gigantes vermelhas nos últimos momentos das suas vidas. Elas têm esse nome por assemelhar com planeta, quando são observadas, porém, suas formas são muito variadas.

As nebulosas planetárias são objetos importantes em astronomia, por desempenharem um papel crucial na evolução química das galáxias, libertando ao meio interestelar metais pesados e outros produtos da nucleossíntese das estrelas (como carbono, nitrogênio, oxigênio e cálcio). Nas galáxias afastadas, as nebulosas planetárias poderão ser os únicos objetos dos quais podem ser retiradas informações acerca sua composição química

A Imagem acima é uma montagem do Telescópio Hubble, veja abaixo mais detalhes sobre essas nebulosas planetárias.



Nebulosa fatia de limão, ou IC 3568, é uma nebulosa planetária a 2,9 quiloparsecs de distância e esta localizada na constelação deCamelopardalis. Tem um diâmetro de 0,4 anos-luz. A nebulosa fatia de limão é uma das nebulosas mais simples conhecidas.





NGC 6826 é uma nebulosa planetária na direção da constelação de Cygnus. O objeto foi descoberto pelo astrônomo William Herschel em 1793, usando um telescópio refletor com abertura de 18,6 polegadas. É visível apenas com telescópios amadores ou com equipamentos superiores.



NGC 3918 é uma nebulosa planetária na direção da constelação de Centaurus. O objeto foi descoberto pelo astrônomo John Herschel em 1834, usando um telescópio refletor com abertura de 18,6 polegadas. Devido a sua moderada magnitude aparente (+8,1), é visível apenas com telescópiosamadores ou com equipamentos superiores.


Hubble 5 é um exemplo notável de uma "borboleta" ou bipolar (dois lobed) nebulosa. O calor gerado pelos ventos rápidos faz com que cada dos lobos a se expandir, bem como um par de balões com aquecedores internos. Esta observação foi tomada 09 de setembro de 1997 pela Wide Field do telescópio Hubble e Planetary Camera 2. Hubble 5 é 2, 200 anos-luz de distância na constelação de Sagitário.



Nebulosa Saturno (NGC 7009) é uma nebulosa planetária na constelação de AquárioA Nebulosa Saturno destaca-se pelas suas projeções com a forma de alça, observadas também em outras nebulosas como NGC 6826, que surgem a partir do disco central desde lados opostos. A estrela central, relativamente luminosa, tem magnitude aparente 11,5, com uma luminosidade visual cerca de 20 vezes maior que a do Sol.


NGC 5307 é uma nebulosa planetária na direção da constelação de Centaurus. O objeto foi descoberto pelo astrônomo John Herschel em 1836, usando um telescópio refletor com abertura de 18,6 polegadas. É visível apenas com telescópios amadores ou com equipamentos superiores.


Crédito: H Bond (ST SIC), B Balick (U Washington), NASA.




Fonte: Wikipédia





terça-feira, 24 de setembro de 2013

A estrela gigante Zeta Ophiuchi

Clique para ampliar


Zeta Ophiuchi é uma estrela da constelação de Ophiuchus. Entre ela e a Terra existe uma grande quantidade de poeira interestelar, a qual absorve grande parte de sua luz, deixando-a aparentemente vermelha em determinados ângulos. Desprezando a densa camada de poeira interestelar que a envolve, Zeta Ophiuchi é uma das estrelas mais aparentemente brilhantes do espaço,  brilha 80 mil vezes mais do que o solEla sopra intensos ventos estelares, gerando uma impressionante onda de choque no espaço interestelar.

O corpo celeste é uma estrela jovem e quente, localizada a 370 anos-luz de distância da Terra. Segundo a Nasa, ela supera o Sol em muitos aspectos: é seis vezes mais quente, oito vezes maior, tem 20 vezes mais massa.

Observações do telescópio Spitzer mostraram que ela é uma estrela fugitiva, movendo-se para a esquerda a uma velocidade de 24 km/s. A Zeta Oph foi provavelmente uma vez na sua história membro de um sistema binário de estrelas, sua estrela companheira deveria ser mais massiva e por isso com uma vida mais curta. Quando a estrela companheira explodiu como uma supernova, a estrela Zeta Oph foi expelida do sistema. 


Créditos: NASA / JPL -Caltech


Fontes:

Discovery

Cosmo Novas


Belos Besouros-joia

Clique nas imagens para ampliar



Besouro-joia-de-madagascar

Este besouro-joia, Polybothris sumptuousa gema, é uma das espécies mais espetaculares e valorizadas.



Os besouros-joia pertencem a uma das maiores famílias de besouros, com mais de 14 mil espécies conhecidas. Caracterizados por cores brilhantes iridescentes, são muito procurados por colecionadores.





Besouro-joia-da-malásia

O Chrysochroa fulminans, encontrado na Malásia e na Nova Guiné, pode atingir de 30 a 40mm de comprimento. Estes besouros possuem uma superfície brilhante, com belas cores iridescentes, em tons de verde, avermelhado e violeta.





Besouro-joia-da-tailândia

A foto mostra a parte superior e inferior do Chrysochroa corbetti, revelando as belas cores que levaram algumas culturas da Ásia a usar o revestimento de suas asas em joias. 
Os besouros-joia são insetos escavadores que costumam se alojar em troncos queimados ou apodrecidos. Algumas espécies até se especializaram em “farejar” incêndios florestais, já que preferem depositar seus ovos em madeira carbonizada.


Créditos: Darrell Gulin/Corbis

Fonte: Discovery



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Cérebros de pessoas distraídas são mais eficazes





As pessoas com maior memória operacional têm maior tendência a distraírem-se. Um estudo recente demonstrou que quem realiza mais raciocínios em simultâneo tem menor capacidade para absorver a informação durante as tarefas de rotina.
Quem consegue captar mais informação e trabalhá-la é, também, quem mais facilmente se distrai. Segundo um estudo científico publicado na revista Psychological Science, os investigadores Daniel Levinson e Richard Davidson (universidade de Wisconsin-Madison, EUA) e Jonathan Smallwood (instituto Max Planck, Suíça) estabeleceram a ligação entre a maior memória operacional e a tendência do cérebro em dispersar-se por diversos pensamentos.
"Os nossos resultados sugerem que o tipo de planificação que as pessoas fazem frequentemente na vida diária, como quando estão no autocarro, vão de bicicleta para o trabalho ou tomam duche, é, provavelmente, efetuado através da memória operacional", afirmou Jonathan Smallwood, explicando que "os cérebros estão a tentar alocar recursos nos problemas mais prementes".
Esta forma de definir prioridades leva a que a maior memória operacional atribua uma maior capacidade para a realização de diversos raciocínios em simultâneo, tendo como consequência a dispersão da concentração. "É quase como se a atenção estivesse tão absorvida por outros pensamentos que não sobrasse espaço para recordar o que pretendiam estar a ler", referiu Daniel Levinson.
Isto porque a tendência de dispersão é maior quanto mais rotineira é a tarefa. Neste caso, o investigador referia-se a uma das conclusões observadas no estudo, em que os voluntários com maior memória operacional demonstraram um maior esquecimento de um livro que haviam lido durante a experiência. Esta conclusão foi reforçada com a introdução de fatores de distração sensorial, os quais vieram diminuir a tendência para a dispersão.
O estudo teve por base a observação dum grupo de voluntários que tinha de repetir algumas tarefas básicas, como premir um botão ao ler determinada letra num ecrã ou ao ritmo de cada inspiração. Registados quais os voluntários que mais se dispersavam da tarefa a executar, os investigadores passaram a medir a memória operacional, através da memorização de séries de letras enquanto resolviam problemas matemáticos.


Fonte: ptjornal



Glóbulos de Thackeray



Clique nas imagens para ampliar


Situadas em um campo rico em estrelas e gás hidrogênio em expansão, estas nuvens opacas de poeira interestelar e gás são tão grandes que são capazes de formar estrelas. Seu lar é conhecido como IC 2944, um brilhante berçário estelar localizado a cerca de 5.900 anos-luz na direção da constelação do Centauro. O maior destes glóbulos escuros, primeiramente vistos pelo astrônomo sul-africano A. D. Thackeray em 1950, são provavelmente dois glóbulos separados, porém sobrepostos, cada um com tamanho maior que um ano-luz. Juntamente com outros dados, a imagem em cores representativas do telescópio 4-m Blanco em Cerro Tololo, no Chile indica que o Glóbulos de Thackeray são fragmentados e agitados como resultado da intensa radiação ultravioleta de jovens estrelas quentes que já estão energizando e aquecendo a brilhante nebulosa de emissão. Estes e outros glóbulos escuros similares conhecidos por estarem associados a regiões de formação estelar podem vir a ser dissipados pelo seu ambiente hostil - como pedaços cósmicos de manteiga em uma frigideira quente.


Este mapa mostra a enorme constelação austral do Centauro, onde estão marcadas a maioria das estrelas visíveis a olho nu num céu escuro. A localização da região de formação estelar IC 2944 e do aglomerado estelar associado IC 2948 está indicada com um círculo vermelho. O aglomerado pode ser visto facilmente com um telescópio pequeno, no entanto as tênues nuvens de gás são muito mais difíceis de observar.
Crédito:
ESO, IAU and Sky & Telescope

Fonte: Astro News


A lua é um pouco mais jovem do que pensavam os cientistas, sugere nova pesquisa.

Clique para ampliar
A concepção deste artista mostra uma colisão planetária cujo detritos foi descoberto pelo telescópio espacial Spitzer da NASA em 2009. Parece que a lua foi formada dessa maneira. Crédito: NASA / JPL-Caltech


A descoberta, que torna a lua 100 milhões de anos mais jovem do que se pensava, poderia reformular a compreensão da Terra primitiva.

A principal teoria de como a lua foi formada  sustenta que ela foi criada quando um planeta misterioso - do tamanho de Marte ou maior - bateu na Terra há cerca de 4560 milhões anos após a formação sistema solar. Mas novas análises das rochas lunares sugerem que a Lua, se formou por esse impacto monstruoso entre 4,4 bilhões e 4,45 bilhões de anos.

A descoberta, o que tornaria a lua 100.000.000 anos mais jovem do que se pensava, poderia reformular a compreensão da Terra primitiva, bem como seu satélite natural, disseram os pesquisadores.

"Há várias implicações importantes desta tardia formação da lua que ainda não foram elaborados", Richard Carlson, do Instituto Carnegie para a Ciência, em Washington, DC, disse em um comunicado.

"Por exemplo, se a Terra já tinha atmosfera antes do impacto gigante, e com esse  arrancou a atmosfera primordial que se formou a partir desta época " acrescentou Carlson, que apresentou os resultados hoje 23 de setembro, em Londres, uma reunião organizada pela Royal Society chamada "Origin of the Moon".

Os cientistas sabem que a idade do sistema solar é de 4,568 bilhões de anos. E eles podem definir os momentos de formação de objetos relativamente pequenos, como asteroides, observando quando esses objetos foram submetidos a um extenso derretimento – uma consequência, em parte, do calor gerado pela colisão e fusão de pequenas rochas conhecidas como planetesimais – que formaram os planetas rochosos.

Por exemplo, a análise da chuva dos meteoritos que vieram do asteroide Vesta revelam que a rocha de  530 quilômetros de diâmetro tem 4,56 bilhões de anos de idade. Vesta resfriou relativamente rápido e é muito pequeno para reter calor interno suficiente para impulsionar a fusão ou vulcanismo, explicou Carlson.

"Faça a mesma pergunta da Terra ou da Lua, e você não vai obter uma resposta muito precisa", disse Carlson. "A Terra provavelmente levou mais tempo para crescer para o tamanho máximo em comparação com um pequeno asteroide como Vesta, e cada passo no seu crescimento tende a apagar, ou pelo menos em parte, a memória de eventos anteriores."

Cientistas continuam recebendo estimativas cada vez melhores, no entanto, como eles têm que aperfeiçoar suas técnicas e melhorar a tecnologia. E essas estimativas estão empurrando data de formação da Lua mais para a frente no tempo.

Atualmente, a idade mais precisamente determinado para as rochas lunares é 4,360 bilhões de anos, disseram os pesquisadores.

Assim, a evidência é de que a colisão catastrófica que formou a lua e remodelou a Terra ocorreu em torno desse tempo.


Fonte:  << SPACE >>

A força eletromagnética

Nesse artigo vou mostrar para vocês  o trabalho de 2 cientistas que estudaram a força eletromagnética 

Começamos com Michael Faraday

(1791 - 1867)





Nasceu em Newington, Inglaterra 


Michael foi principalmente um experimentalista, e de fato, ele foi descrito como o "melhor experimentalista na história da ciência",embora não conhecesse matemática avançada.  Ele demostrou as incríveis propriedades da eletricidade em suas palestras em Londres. Ele associou a eletricidade com o magnetismo, descobrindo então a força eletromagnética. As forças elétricas e magnéticas tem a mesma natureza: uma força elétrica em determinado referencial pode tornar-se magnética se analisada noutro, e vice-versa.

A famosa gaiola de Faraday, na qual ele demostrou que uma superfície condutora eletrizada possui campo elétrico nulo em seu interior dado que as cargas se distribuem de forma homogênea na parte mais externa da superfície condutora.

No experimento de Faraday foi utilizada uma gaiola metálica, que colocou um isolante e uma cadeira de madeira e sentou-se, deu-se uma descarga elétrica,e nada aconteceu a ele, e provou que um corpo dentro da gaiola poderia permanecer lá, isolado e sem levar nenhuma descarga elétrica pois os elétrons se distribuem em sua parte exterior da superfície.

Em seu trabalho Faraday concebeu que o espaço entre os objetos eletricamente carregados era composto de linhas de força e que estas eram correntes de energia invisíveis e mensuráveis que comandavam o movimento dos corpos.

Segundo Faraday as linhas de força eram criadas pela presença mútua dos objetos entre si. Introduziu neste momento a ideia de campo de força, onde uma carga elétrica móvel produz perturbações eletromagnéticas em volta de si e estas são linhas de campo que interam com outra carga próxima.
Pesquisou também algumas ligas de aço e produziu vários tipos novos de vidros. Um desses vidros tornou-se historicamente importante por ser a substância em que Faraday identificou a rotação do plano de polarização da luz quando era colocado num campo magnético e também por ser a primeira substância a ser repelida pelos pólos de um ímã.



Gaiola de Faraday






James Clerk Maxwell

 (1831- 1879)





Foi um físico e matemático britânico, filho de John Clerk Maxwell.

É mais conhecido por ter dado forma final à teoria moderna do electromagnetismo  que une a eletricidade, o magnetismo e a óptica. Esta é a teoria que surge das equações de Maxwell. Ele deu continuidade ao trabalho de Faraday. 

Apresentou uma teoria detalhada da luz como um efeito electromagnético, isto é, que a luz corresponde à propagação de ondas eléctricas e magnéticas, hipótese que tinha sido posta por Faraday. Portanto a luz é uma onda eletromagnética 

Maxwell é considerado por muitos o mais importante físico do séc. XIX, o seu trabalho em electromagnetismo foi a base da relatividade restrita de Einstein e o seu trabalho em teoria cinética de gases fundamental ao desenvolvimento posterior da mecânica quântica.


Em 1859 recebeu o prémio Adams por um artigo sobre a estabilidade dos anéis de Saturno, em que demonstra que estes não podem ser completamente sólidos nem fluidos. A estabilidade destes anéis implica que eles têm de ser constituídos por numerosas pequenas partículas sólidas. Do mesmo modo provou que o sistema solar não podia ser formado pela condensação de uma nébula puramente gasosa, mas que esta nébula tinha que conter também pequenas partículas sólidas. Foi também nesta época que Maxwell fez os seus trabalhos mais importantes em física estatística, tendo generalizado o trabalho iniciado por Clausius em que este punha a hipótese de que um gás era formado por moléculas que se movem a uma certa velocidade e que vão mudando de velocidade ao chocar entre si. Maxwell considerou que as partículas se tinham que mover a diferentes velocidades e estudou a distribuição da velocidade destas. Em 1868 a continuação deste trabalho feita por Boltzmann daria origem à chamada distribuição de Maxwell-Boltzmann e ao campo da mecânica estatística.








Fontes: 



Explicatorium  e Wikipédia

domingo, 22 de setembro de 2013

Novidade da China: ônibus que anda por cima dos carros

Clique para ampliar 





Os chineses do Shenzhen Huashi Future Parking Equipment, criaram uma solução para o trânsito das grandes cidades. Trata-se de um ônibus que passa, literalmente, por cima dos carros. O projeto, chamado de Land Air Bus, consiste em um ônibus, com a parte inferior em forma de arco, que permite que os carros passem por baixo do veículo.
O projeto ganhou grande repercussão há três anos, quando foi revelado pela primeira vez no Beijing International High-Tech Expo 13. Muitos acharam que o projeto era utópico e nunca seria construído de fato. Porém, a empresa China TBS divulgou um vídeo com mais detalhes do projeto, aumentando a especulação sobre o assunto.
Além de diminuir, em cerca de 30%, o trânsito nas ruas e avenidas, o protótipo utiliza painéis solares e elétricos para se mover, economizando até 860 toneladas de combustível por ano, o que significa uma redução de 2640 toneladas de emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. O veículo alcança uma velocidade de 60 km/h, mas viaja, em média, a 40 km/h.
Outra vantagem da implantação do transporte é a rapidez de sua construção. Para construir 40km da estrutura seriam necessários apenas 1 ano, diferentemente da construção de um metrô que levaria pelo menos 3 anos para ser concluída.
Outra vantagem da implantação do transporte é a rapidez de sua construção. Para construir 40km da estrutura seriam necessários apenas 1 ano, diferentemente da construção de um metrô que levaria pelo menos 3 anos para ser concluída.
A criação possui seis metros de largura e quatro metros de altura, ocupa duas pistas, e permite que carros de até dois metros de altura passem por baixo. O comprimento do veículo e dos vagões ainda não foi divulgado. De acordo com os criadores, o ônibus comporta 1200 pessoas, divididas em quatro vagões.
O custo da implantação chega a ser até 10% mais barato do que a construção de metrôs. Em 2010 houve rumores de que seria construído um trecho na cidade de Pequim, mas nada aconteceu. Não existe nenhuma previsão ou confirmação de que o modal será de fato construído.

Por Mayra Rosa


Fonte: DISCOVERY

A estrela ardente





Esta nova imagem, tirada pela NASA / ESA Hubble Space Telescope, mostra a estrela HD 184738, também conhecida como estrela de hidrogênio de Campbell. Está rodeada por nuvens de gás avermelhado - os tons de vermelho e laranja de fogo são causadas por gases incandescentes, incluindo hidrogênio e nitrogênio. HD 184738 está no centro de uma pequena nebulosa planetária. A estrela propriamente dita é conhecida como uma estrela WC, uma classe bem rara que lembra muito suas homólogas – as estrelas Wolf-Rayet. Essas estrelas receberam esse nome depois que dois astrônomos franceses, o Charles Wolf e o Georges Rayet, identificaram-nas pela primeira vez em meados do século 19.

Wolf-Rayet são estrelas quentes, talvez 20 vezes mais massivas que o Sol, que vai perdendo massa rapidamente. As estrelas WC são diferentes: elas têm baixa massa e são semelhantes ao Sol, no final de suas vidas. Enquanto essas estrelas recentemente tiveram boa parte de sua massa original ejetada, o núcleo estelar quente ainda está perdendo massa numa taxa elevada, criando um vento quente. 

São esses ventos que fazem com que se assemelham das estrelas Wolf-Rayet. No entanto, os astrônomos podem observar mais de perto a composição desses ventos para contar as estrelas separadas. Estrelas WC são identificadas pelo carbono e oxigênio em seus ventos. Algumas verdadeiras Wolf-Rayet são ricas em azoto em vez disso, mas isso é muito raro entre  suas homólogas de baixa massa. 

A HD 184738 é também muito brilhante na parte infravermelha do espectro, e é circundada por poeira muito similar ao material com o qual a Terra se formou. A origem dessa poeira é ainda incerta.
Uma versão dessa imagem entrou na competição de processamento de imagens conhecida como Hubble’s Hidden Treasures, pelo competidor Jean-Christophe Lambry.


Fonte: Cienctec e 

O amendoim no coração da nossa galáxia


Clique nas imagens para ampliar

Dois grupos de astrônomos usaram os telescópios do ESO para fazerem o melhor mapa a três dimensões das zonas centrais da Via Láctea. As equipas descobriram que as regiões internas vistas a partir de certos ângulos se parecem com um amendoim, enquanto que de uma perspectiva diferente podemos ver uma estrutura em X. Esta forma estranha foi mapeada com o auxílio de dados públicos do telescópio de rastreio VISTA do ESO e também a partir de medições dos movimentos de centenas de estrelas muito ténues situadas no bojo central.
O bojo galáctico é uma das regiões mais importantes e de maior massa da nossa Galáxia. Esta enorme nuvem central com cerca de 10 000 milhões de estrelas tem uma dimensão de milhares de anos-luz mas a sua estrutura e origem não eram bem compreendidas.


Infelizmente a partir do interior do disco galáctico que é a posição da Terra, a vista desta região central - a cerca de 27 000 anos-luz de distância - encontra-se fortemente obscurecida por nuvens densas de gás e poeira. Os astrônomos apenas conseguem obter uma boa vista do bojo observando a grandes comprimentos de onda, tais como em radiação infravermelha, a qual consegue penetrar as nuvens de poeira.

 A equipa identificou um total de 22 milhões de estrelas pertencentes à classe das gigantes vermelhas, cujas propriedades bem conhecidas permitem calcular as suas distâncias.


“A profundidade do catálogo de estrelas VISTA excede de longe trabalhos anteriores e conseguimos detectar a população total destas estrelas em todas as regiões menos nas mais obscuras,” explica Christopher Wegg (MPE), autor principal do primeiro estudo. “A partir desta distribuição estelar pudemos fazer um mapa a três dimensões do bojo galáctico. Esta é a primeira vez que tal mapa é feito sem se assumir um modelo teórico para a forma do bojo.”


“Descobrimos que a região interna da nossa Galáxia tem uma forma tipo “caixa”, assemelhando-se a um amendoim na casca vista de um lado, a um X gigante vista do outro e a uma barra muito alongada vista de cima,” acrescenta Ortwin Gerhard, co-autor do primeiro artigo e líder do grupo do MPE.


A segunda equipa internacional, liderada pelo estudante de doutoramento chileno Sergio Vásquez (Pontificia Universidad Católica de Chile, Santiago, Chile e ESO, Santiago, Chile), utilizou uma abordagem diferente para identificar a estrutura do bojo. Ao comparar imagens observadas com o auxílio do telescópio MPG/ESO de 2,2 metros e obtidas com um intervalo de onze anos, a equipa pôde medir os minúsculos desvios no céu devido aos movimentos das estrelas do bojo. Estes desvios foram combinados com medições dos movimentos das mesmas estrelas a aproximarem-se ou a afastarem-se da Terra, mapeando-se assim os movimentos de mais de 400 estrelas em três dimensões.


“Esta é a primeira vez que se obteve um grande número de velocidades em três dimensões para estrelas individuais do bojo”, conclui Vásquez. “As estrelas que observamos parecem estar a mover-se ao longo dos braços em forma de X do bojo, à medida que as suas órbitas as levam para cima e para baixo e para fora do plano da Via Láctea. Tudo isto se ajusta na perfeição com previsões de modelos atuais!”


Os astrônomos pensam que a Via Láctea era originalmente um disco puro de estrelas, que formou uma barra plana há milhares de milhões de anos atrás. Esta barra deu depois origem à forma de amendoim a três dimensões vista nas novas observações


Nota:

As estrelas gigantes vermelhas foram escolhidas para este estudo uma vez que podem ser usadas como velas padrão: nesta fase da vida das estrelas gigantes a sua luminosidade é essencialmente independente da idade ou composição. A quantidade de gás e poeira que obscurece as estrelas é calculada diretamente a partir das cores observadas das estrelas, por isso pode medir-se a sua distribuição de brilho sem obscurecimento. Seguidamente e porque as estrelas vermelhas têm praticamente o mesmo brilho intrínseco, podemos obter distâncias aproximadas para cada estrela. A boa cobertura espacial do rastreio VVV permitiu fazer medições em toda a região interna da Via Láctea e a partir daí pôde construir-se as medições a três dimensões da estrutura do bojo.


Esta enorme fotografia cheia de estrelas é uma pequena porção do rastreio VVV que está a ser executado pelo telescópio de rastreio infravermelho VISTA do ESO. A imagem mostra uma zona do céu na direção do centro da Via Láctea e inclui muitos milhares de estrelas que fazem parte do bojo da Via Láctea. Os catálogos de estrelas do rastreio VVV têm sido usados para mapear a forma do bojo de forma mais precisa do que a anteriormente conseguida.








Fonte: ESO



sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Terra deixará de ser habitável em algum momento dentro de 1,75 bilhão e 3,25 bilhões de anos






As condições que fazem com que o planeta Terra seja habitável durarão, pelo menos, outro 1,75 bilhão de anos, segundo um estudo realizado por cientistas da universidade inglesa de East Anglia. Isso se nenhum desastre nuclear, um asteroide errante ou algum outro desastre não vir primeiro.

A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira pela revistaAstrobiology, revela o tempo de habitabilidade da Terra com base na distância para o sol e nas temperaturas que possibilitam que o planeta tenha água líquida.
A equipe de cientistas observou as estrelas na busca de inspiração e usaram alguns planetas recentemente descobertos fora de nosso sistema solar (exoplanetas) como exemplos para calibrar seu potencial para abrigar vida.
O responsável pelo estudo, Andrew Rushby, da Escola de Ciências Ambientais da Universidade de East Anglia, explicou que foi utilizado "o conceito de zona habitável para fazer estimativas", ou seja, "a distância de um planeta em relação a sua estrela que faz com que as temperaturas sejam propícias para ter água líquida na superfície".
"Usamos os modelos de evolução estelar para calcular o final da vida habitável de um planeta, determinando quando deixará de estar na zona habitável", disse Rushby.
A equipe de cientistas considerou "que a Terra deixará de ser habitável em algum momento dentro de 1,750 bilhão e 3,250 bilhões de anos".
"Passado este ponto, a Terra estará na zona quente do sol, com temperaturas tão altas que os mares se evaporarão. Acontece um evento de extinção catastrófica e terminal para toda a vida", raciocinou.
O responsável pela pesquisa acrescentou que "certamente, as condições dos seres humanos e de outras formas de vida complexas se tornarão impossíveis muito antes", algo que, segundo disse, "está acelerando a mudança climática" gerada pelo homem.
"Os humanos teriam dificuldades inclusive com um pequeno aumento na temperatura e, perto do final, somente os micróbios em alguns nichos ambientais seriam capazes de suportar o calor", explicou.
Rushby disse que ao olhar para o passado "uma quantidade similar de tempo, sabemos que houve vida celular na terra" e deu como exemplo que "tivemos insetos há 400 milhões de anos, dinossauros há 300 milhões e plantas com flor há 130 milhões de anos".
"Anatomicamente, os seres humanos só existiram durante os últimos 200 mil anos, por isso que se vê que é preciso muitíssimo tempo para que se desenvolva a vida inteligente", disse.
A quantidade de tempo habitável de um planeta é relevante pois revela dados sobre a possibilidade de evolução da vida complexa, "que é a que provavelmente mais requeira de um período de condições de habitabilidade".
"A medição de habitabilidade é útil porque nos permite investigar a possibilidade de que outros planetas abriguem vida e para entender que a etapa da vida pode estar em outro lugar da galáxia", segundo explicou Rushby.
Os astrônomos identificaram quase mil planetas fora do sistema solar, alguns dos quais foram analisados por estes especialistas, que estudaram a natureza evolutiva da habitabilidade planetária sobre o tempo astronômico e geológico.
"Comparamos a Terra com oito planetas que estão atualmente em sua fase habitável, incluindo Marte. Descobrimos que os planetas que orbitam estrelas de massa menor tendem a ter zonas de vida mais habitáveis", acrescentou.

Fonte: Terra e Space