CURRENT MOON

sábado, 31 de agosto de 2013

Evidências da evolução


Clique nas imagens para ampliar






A dificuldade em testar a teoria da evolução esta no fato que ela não pode ser medida em laboratórios. Devido que ela acontece durantes milhões e ate bilhões de anos, e é impossível voltar para o inicio o filme evolutivo. Muitas pessoas confundem o termo “teoria” com “teoria cientifica”, e é difícil para elas aceitarem a teoria da evolução. O que torna uma teoria cientifica sucedida não é sua capacidade de ser demostrada em laboratório, mas sua capacidade de faze previsões e explicar fenômenos naturais. Ate Darwin teve dificuldade em conseguir as provas para sua teoria, mas ele sabia que elas estavam lá, e que mais cedo ou mais tarde iam aparecer.


Órgãos vestigiais


são aqueles que, em alguns organismos, encontram-se com tamanho reduzido e geralmente sem função, mas em outros organismos são maiores e exercem função definitiva. A importância evolutiva desses órgãos vestigiais é a indicação de uma ancestralidade comum. Um exemplo bem conhecido de órgão vestigial no homem é o apêndice vermiforme, estrutura pequena e sem função que parte do ceco(estrutura localizada no ponto onde o intestino delgadoliga-se ao grosso).
Nos mamíferos roedores, o ceco é uma estrutura bem desenvolvida, na qual o alimento parcialmente digerido á armazenado e a celulose, abundante nos vegetais ingeridos, é degradada pela ação de bactérias especializadas. Em alguns desses animais o ceco é umabolsa contínua e em outros, como o coelho, apresenta extremidade final mais estreita, denominadaapêndice, que corresponde ao apêndice vermiforme humano.
Outros órgãos e estruturas vestigiais em seres humanos:


- Vértebras caudais

- Músculos que movimentam a orelha
- Dente siso




Embriologia Comparada


O estudo comparado da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão dedesenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve, surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem. Essa semelhança também foi verificada no desenvolvimento embrionário de todos animais metazoários. Nesse caso, entretanto, quando mais diferentes são os organismos, menor é o período embrionário comum entre eles.



Os registro fósseis:


É considerado fóssil qualquer indício da presença de organismos que viveram em tempos remotos da Terra. As partes duras do corpo dos organismos são aquelas mais freqüentemente conservadas nos processos de fossilização, mas existem casos em que a parte mole do corpo também é preservada. Dentre estes podemos citar os fosseis congelados, como, por exemplo, o mamute encontrado na Sibéria do norte e os fosseis de insetos encontrados em âmbar. Neste último caso, os insetos que penetravam na resina pegajosa, eliminada pelos pinheiros, morriam, A resina endurecia, transformando-se em âmbar, e o inseto aí contido era preservado nos detalhes de sua estrutura. Eles são a comprovação que o nosso planeta já foi habitado por seres diferentes.

A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade de conhecermos organismos que viveram na Terra em tempos remotos, sob condições ambientais distintas das encontradas atualmente, e que podem fornecer indícios de parentesco com as espécies atuais. Por isso, os fósseis são considerados importantes testemunhos da evolução.


Semelhanças genéticas


Com o avança da genética houve intensos avanços no campo da biologia evolutiva. Sabemos agora que o código genético de todos os seres vivos é um so, o DNA, o que reforça a tese que todos os seres vivos compartilharam um ancestral em comum, ate mesmo os extintos.

Quanto mais próximos evolutivamente, mais semelhanças no DNA. Assim, homem e chimpanzé compartilham em torno de 99,4 % dos genes. Homem e camundongo, cerca de 90 %, homem e mosca da fruta, 50 %, homem e verme nematódeo 40% e assim vai.


Órgãos homólogos

São órgãos que têm origem embrionária semelhante, porém podem ou não desempenhar as mesmas funções. Isso nos leva a crer que diferentes seres vivos tiveram um ancestral comum, que, conforme evoluía, originou novas espécies, desenvolvendo e adaptando os órgãos de acordo com suas necessidades. Por exemplo: braço humano, asas de morcego, nadadeiras anteriores de um golfinho.



Fontes: Só Biologia - Brasil escola e wikipédia

Mariane SD

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cientistas criam mini cérebro a partir de células tronco


Já vimos coração batendo, traqueias e bexigas crescendo a partir de células-tronco. Agora, os pesquisadores tomaram outro passo importante e criaram cérebro em miniatura.

Os pesquisadores demonstram ainda que esses minicérebros recriam os primeiros passos do órgão natural e podem ser usados para estudar o desenvolvimento e desordens neurológicos. O estudo foi divulgado nesta quarta-feira na revista especializada Nature.

Eles não estão realmente funcionando como   cérebros - da mesma forma que um carro com o motor em seu telhado ou rodas em sua capa não é um veículo dirigível - mas as peças estão lá, e isso é um importante avanço científico, de acordo com Juergen Knoblich, autor de um novo estudo sobre o uso de células-tronco para crescer tecido cerebral.

Cientistas criaram o que eles estão chamando de "Organóides cerebrais", usando células-tronco. 

Estas estruturas do tamanho de ervilhas são feitos de tecido do cérebro humano, e eles podem ajudar os pesquisadores a explorar questões importantes sobre o desenvolvimento do cérebro e distúrbios que ocorrem durante estes primeiros estágios da vida.

Brüstle diz que os organoides podem ser um importante passo no estudo do desenvolvimento neurológico, mas ainda estão longe de serem miniaturas perfeitas do cérebro. Segundo ele, áreas que mimetizam o funcionamento do órgão estão distribuídas de maneira randômica e falta o formato e organização espacial vistos no cérebro natural. A falta de um sistema circulatório impede o aproveitamento satisfatório dos nutrientes e limita o crescimento. 
"Apesar de áreas do exterior desses organoides claramente carregaram uma semelhança com o córtex cerebral em desenvolvimento, continua incerto se eles podem avançar para a complexa arquitetura de seis camadas de sua contrapartida natural", diz Brüstle.

Esta pesquisa baseia-se em outros estudos que tentaram modelo de tecido do cérebro a partir de células-tronco. Um estudo de 2008 mostrou que as células-tronco embrionárias de camundongos poderiam ser estimulados a produzir "ondas" de neurônios. Um grupo de pesquisa diferente mostrou em 2012 que as estruturas oculares primitivos e retinas estratificadas poderiam formar a partir de células-tronco embrionárias retiradas de ambos os ratos e seres humanos. Os autores do estudo disseram que não têm nenhuma intenção de crescer um cérebro humano em tamanho real.


 O cérebro é tão complexo, e as suas regiões tão intimamente integrado, que seria difícil de reparar qualquer parte específica através de substituição.


Uma possibilidade mais promissora, segundo ele, seria a de colocar as células-tronco diretamente no paciente e deixar elas se organizarem. Mas o futuro desta linha de pesquisa ainda é desconhecida.


Fonte: CNN e Terra

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A planta que retorna do mundo dos mortos


Clique nas imagens para ampliar





O nome dela é rosa-de-Jericó, ou cientificamente conhecida como Selaginella lepidophylla. Esta planta faz parte de um grupo de vegetais (lipocódios) que pouco evoluiu ao longo de milhões de anos. Existem evidências de sua existência, quase inalterada de cerca de 400 milhões anos. Mas a rosa-de-Jericó possui características incríveis, com um impressionante traço evolutivo: a capacidade de sobreviver em ambientes altamente desérticos, usando de estratégias inacreditáveis.


É uma planta do deserto que cresce no Oriente Médio e na América Central. Durante longos períodos de tempo estas plantas vivem em regiões desertas, crescendo e reproduzindo-se como qualquer outra planta, até o meio ambiente deixar de lhes favorecer uma existência saudável . Quando chega essa altura, as flores e as folhas secas caem e os galhos secos encolhem-se, formando uma bola. As plantas retiram as suas raízes do solo e permitem ao vento transportá-las pelo deserto, até chegarem novamente a um sítio húmido onde podem continuar a crescer e a propagarem-se. A bola volta a abrir-se totalmente e a soltar as suas sementes, que germinam. Assim que entram em contacto com água, as jovens plantas de aspecto seco começam rapidamente a florescer. Voltam a vida!

Parece que a rosa-de-Jericó “sente” o que deve fazer durante este processo, pois elas não se mantêm necessariamente no primeiro lugar onde param, elas investigam o local para verificando onde é mais adequado ao crescimento.
E assim como já era de se esperar, o ser humano já encontrou uma forma de explorar as características dessa planta. Algumas pessoas vagam pelo deserto em busca das bolas para vender. É possível comprar a “bola seca e morta”, levá-la para casa e vê-la florescer em questão de horas somente pelo simples contato com a água.



Fonte: Diario de Biologia

sábado, 24 de agosto de 2013

Estudo identifica mutações que dão origem a câncer




Cientistas anunciaram o que dizem ser um novo marco na pesquisa do câncer, após identificarem 21 mutações que estariam por trás da maioria dos tumores. O estudo, que foi divulgado na revista Nature, afirma que estas modificações do código genético são responsáveis por 97% dos 30 tipos mais comuns de câncer.
Descobrir o que causa as mutações pode levar à criação de novos tratamentos. Algumas dessas causas, como o hábito de fumar, já são conhecidas, mas mais da metade delas ainda são um mistério. Durante o período de uma vida, células desenvolvem uma série de mutações que podem vir a transformá-las em tumores letais que crescem incontrolavelmente.
Origens do câncer

A equipe internacional de pesquisadores estava procurando as causas das mutações como parte da maior análise já feita sobre o genoma do câncer.

As causas mais conhecidas de mudanças no DNA, como a superexposição aos raios UV e o hábito de fumar, aumentam as chances de desenvolver a doença. Mas cada uma delas deixa também uma marca única ─ um a espécie de assiantura ─ que mostra se foi o fumo ou a radiação UV, por exemplo, o responsável pela mutação.
Os pesquisadores, liderados pelo Instituto Sanger, do Reino Unido, procuraram por mais exemplos destas "assinaturas" em 7.042 amostras tiradas dos 30 tipos mais comuns de câncer. Eles descobriram que 21 marcas diferentes eram responsáveis por 97% das mutações que causavam os tumores.
"Estou muito animado. Esses padrões, essas assinaturas, estão escondidos no genoma do câncer e nos dizem o que está realmente causando o câncer em primeiro lugar ─ é uma compreensão muito importante", disse Sir Mike Stratton, diretor do Instituto Sanger, à BBC.
"É uma conquista significativa para a pesquisa sobre câncer, é bastante profundo. Está nos levando a áreas do desconhecido que não sabíamos que existiam. Acho que este é um grande marco."
Mistérios

Outras marcas encontradas no genoma do câncer estavam relacionadas com o processo de envelhecimento e com o sistema imunológico do corpo. As células respondem a infecções virais ativando uma classe se enzimas que modificam os vírus até que eles não funcionem mais.

"Acreditamos que quando ela (a célula) faz isso, há efeitos colaterais ─ seu próprio genoma se modifica também e ela fica muito mais propensa a se tornar uma célula cancerígena, já que tem uma série de mutações ─ é uma espada de dois gumes", diz Stratton.
No entanto, doze dessas marcas genéticas encontradas no genoma do câncer ainda estão sem explicação. Espera-se que se algumas delas puderem ser atribuídas a fatores ambientais, novas formas de prevenir a doença possam ser desenvolvidas.
As dúvidas também podem fomentar novas pesquisas. Uma das causas desconhecidas das mutações cancerígenas acontece no neuroblastoma, um câncer em células nervosas que normalmente afeta crianças.
"Sabemos que fatores ambientais como o fumo e a superexposição aos raios UV podem causar modificações no DNA que podem levar ao câncer, mas em muitos casos nós não sabemos o que provoca as falhas no DNA", afirmou o professor Nic Jones, da instituição britânica voltada para pesquisa do câncer Cancer Research UK.
"As marcas genéticas encontradas nesse estudo fascinante e importante identificam muitos processos novos por trás do desenvolvimento do câncer."
De acordo com Jones, entender o que causa esses processos pode levar a novas maneiras de prevenir e tratar a doença.

Fonte: 

Terra e BBC Brasil

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Planetas podem nascer sem estrela-mãe

Clique para ampliar


Pequenas,  nuvens frias no espaço tem todas as características para formar planetas sem estrela-mãe. Novas observações, feitas com Chalmers University of telescópios Tecnologia, mostram que nem todos os planetas flutuantes foram expulsos de sistemas planetários existentes. Eles também podem nascer livres.


Pesquisas anteriores já haviam mostrado que pode haver em torno de 200 mil planetas sem estrelas em nossa galáxia, a Via Láctea. Até agora, os cientistas acreditavam que tais "planetas órfãos , que não orbitam em torno de uma estrela, deve ter sido ejetado de sistemas planetários existentes.

Novas observações de pequenas nuvens escuras em um ponto no espaço afora, revela outra possibilidade: a de que alguns planetas flutuantes formaram-se por conta própria.

Uma equipe de astrônomos da Suécia e da Finlândia usado vários telescópios para observar a nebulosa Rosette, uma enorme nuvem de gás e poeira 4.600 anos-luz da Terra na constelação de Monoceros (o Unicórnio).

Eles coletaram observações em ondas de rádio com o telescópio de 20 metros no Observatório Espacial Onsala, na Suécia, em ondas submilimétricos com APEX, no Chile, e em luz infravermelha com a New Technology Telescope (NTT) no Observatório de La Silla do ESO, no Chile.

"A nebulosa Rosette é o lar de mais de uma centena dessas pequenas nuvens - que chamamos de globulettes", diz Gösta Gahm, astrônomo da Universidade de Estocolmo, que liderou o projeto.

"Eles são muito pequenos, cada um com diâmetro inferior a 50 vezes a distância entre o Sol e Netuno. Anteriormente, foram capazes de estimar que a maioria deles são de massa planetária, menos do que 13 vezes a massa de Júpiter. Agora temos medidas muito mais confiáveis de massa e densidade de um grande número desses objetos, e também temos medido com precisão o quão rápido eles estão se movendo em relação ao seu meio ambiente ", diz ele.

"Descobrimos que as globulettes são densas e compactas, e muitas têm núcleos muito densos. Isso nos diz que muitas delas vão entrar em colapso sob seu próprio peso e formar planetas flutuantes livres. A maior massa delas podem formar as chamadas anãs marrons ", diz o membro da equipe de Carina Persson, astrônomo da Chalmers University of Technology.

Anãs marrons, às vezes são chamadas de  estrelas que falharam em sua formação, são corpos cuja massa fica entre a de planetas e estrelas.

O estudo mostra que as pequenas nuvens estão se movendo para fora através da nebulosa Rosette em alta velocidade, cerca de 80 000 km por hora.

De acordo com Gösta Gahm e sua equipe, as pequenas nuvens escuras estão sendo jogados para fora da nebulosa Rosette. Durante a história da Via Láctea, incontáveis ​​milhões de nebulosas como a Rosette floreceram e desapareceram. Então supõe-se que muitas globulettes se formaram.

Se essas pequenas nuvens, podem formar planetas e anãs marrons, eles devem  ser disparados como balas nas profundezas da Via Láctea, diz Gösta Gahm.

Há tantos deles, que eles podem ser uma boa referencia para estuda-los




Fonte:

Science Daily

http://goo.gl/FVhQyf


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Síndrome da Bela Adormecida

Clique nas imagens para ampliar



síndrome de Kleine-Levin 

É um  raro distúrbio neurológico caracterizado por períodos recorrentes de sono excessivo (hipersonolência) e comer. No início de um episódio o paciente se torna sonolento e dorme durante a maior parte do dia e da noite, acordando só para comer ou ir ao banheiro. Podendo dormir por dias ou semanas. É mais frequentante no sexo masculino.

Quando acordado, o comportamento de todo paciente é alterado. Eles também sofrem confusão, desorientação, ausência total de energia (letargia), e a falta de emoções (apatia). 

Suspeita-se que o distúrbio é no hipotálamo que está relacionado os sintomas citados.



Os indivíduos não são capazes de frequentar a escola ou trabalho ou cuidar de si mesmos. A maioria está de cama, cansado, e pouco comunicativo mesmo quando acordado. A maioria dos pacientes relatam que tudo parece fora de foco, e que são hipersensíveis ao ruído e luz. Em alguns casos, os desejos de comida (hiperfagia compulsivo) são exibidas. No sexo masculino, os casos de hipersexualidade desinibida durante os episódios também foram relatados. No sexo feminino, os casos de depressão foram relatados. 

Os indivíduos afetados podem passar por um período de semanas, meses ou até anos sem sentir quaisquer sintomas, e depois eles reaparecem sem aviso prévio. Entre episódios que foram diagnosticados com SKL parecem estar em perfeita saúde, sem evidência de disfunção comportamental ou físico. A causa da Kleine-Levin síndrome não é conhecida. Assim, o apoio da família e educação são a melhor gestão disponível no momento.


Assista:

http://www.youtube.com/watch?v=bVCu0noa91M


http://www.youtube.com/watch?v=RWgT1QxWGGc


Fonte: Wikipédia

Brasil planeja lançar foguetes ao espaço nos próximos anos


Clique para ampliar




Desde o acidente de Alcântara (MA), que em 22 de agosto de 2003 causou a morte de 21 pessoas, nenhuma outra tentativa de lançamento com o VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) foi realizada no Brasil. No entanto, os dois centros de lançamento nacionais (o segundo fica em Barreira do Inferno, em Natal) têm sido constantemente exercitados com o lançamento de missões suborbitais e foguetes de treinamento. Com o objetivo de obter autonomia em lançadores de satélites, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) estão trabalhando em conjunto para lançar o VLS-1 com uma carga útil real nos próximos anos.
A Operação Salina marcou o reinício das atividades relacionadas ao VLS-1 em 2012. O objetivo da operação foi realizar o transporte, a preparação e integração mecânica da estrutura inerte do VLS-1 – a estrutura real do veículo, porém sem combustível a bordo. A próxima missão, denominada MIR, fará a verificação elétrica completa do veículo em abril do ano que vem. Outras missões semelhantes estão programadas antes do lançamento do veículo completo. Está programado para meados de 2014 o voo tecnológico do chamado VSISNAV, que está em fase de montagem e vai ser constituído por parte do VLS-1, o primeiro e o segundo estágios ativos.
Cronograma previsto para lançamento do VLS-1:
Abril de 2014

Operação Santa Bárbara

Na base de Alcântara, campanha de testes de componentes e redes elétricas, incluindo os sistemas de controle, telemetria, telecomando e apoios de solo. Será feita a simulação completa da sequência de lançamento e todos os meios serão avaliados.
Entre julho e agosto de 2014

Voo tecnológico XVT-01

Veículo também chamado VSISNAV, tem apenas os dois primeiros estágios ativos. Esse veículo está em fase de ensaios de qualificação dinâmica dos componentes, módulos e pirotécnicos. Os motores já estão sendo carregados e preparados, e os demais sistemas, montados.
É um protótipo do VLS-1, que será lançado com objetivo de qualificar em voo: o sistema de separação entre os motores do primeiro e segundo estágios; as novas redes de comando, controle, telemetria e pirotécnica; o sistema de navegação inercial – SISNAV; a estabilidade de queima e acendimento, sob aceleração, do motor S43 do segundo estágio; e ainda, realizar medições diversas das condições de voo e de vibração do veículo, avaliar os meios de solo do CLA e aferir as estações de monitoramento remoto. Para executar essa missão, somente os propulsores da parte baixa desse veículo serão ativos.
Até 2016 (sem recursos garantidos)

Voo tecnológico XVT-02

Será um veículo completo, que executará um voo tecnológico, com todas suas funcionalidades e com todos os estágios ativos. Serão qualificados: a nova arquitetura da rede elétrica em malha fechada, com computador de bordo nacional; sistema de separação e queima dos motores do terceiro e quarto estágios; a atuação do sistema de rolamento e estabilização e inserção em órbita de uma carga tecnológica. O SISNAV, sistema inercial autônomo desenvolvido no IAE e avaliado no voo do VSISNAV, será a plataforma de navegação principal do veículo.
2017 (sem recursos garantidos)

VLS-1 V04

O V04 será o protótipo do VLS-1 em sua versão final, visando à qualificação de tipo do veículo. Todos os sistemas serão baseados na configuração derivada do XVT-02. O objetivo macro do V04 é o de cumprir voo completo, colocando um satélite brasileiro em órbita equatorial terrestre.
*Com informações obtidas em entrevista com o tenente-coronel Alberto Walter da silva Mello Junior, atual gerente do VLS-1, e com o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho.
Outros projetos


O VLS-1 não é o único projeto de lançador em desenvolvimento no Brasil. No Programa de Atividades Espaciais, o Veículo de Lançamento de Microssatélites (VLM) aparece com previsão de qualificação em 2015. Em sua primeira versão, o foguete de três estágios a propelente sólido teria capacidade de lançar cargas de 150 quilos em órbita baixa. Há ainda o VLS-ALFA, para satélites de até 500kg, previsto para 2018, e o VLS-BETA, para satélites de até 800 quilos, previsto para 2020. É importante lembrar que essas datas constam de um cronograma sujeito a limitações orçamentárias, como a do VLS-1.

Também em desenvolvimento, o Cyclone-4 é um foguete ucraniano que tem previsão de ser lançado em 2014 da base de Alcântara, em uma parceria binacional. O Brasil oferece o Centro de Lançamentos, e a Ucrânia, o foguete - sem transferência de tecnologia.

Fonte: Terra

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Por dentro da Terra - Como sabemos que o núcleo é de ferro?

Clique para ampliar





Parte mais interna do planeta. Pode ser dividido em núcleo externo e interno. O núcleo externo, comporta-se como liquido apesar de sua composição metálica, admiti-se que seus componentes estão em estado de fusão. É composto em grande parte por elementos mais pesados como o ferro (80%), e de alguma quantidade de níquel e silício. Outros elementos, como o chumbo e o urânio, são muitos raros para serem considerados, ou tendem a se ligar a elementos mais leves, permanecendo então na crosta. A espessura do núcleo é aproximadamente 3400 km de raio.
O núcleo interno vai desde 5,1 mil km até o centro da Terra. O núcleo da Terra é constituído por ferro e níquel. A temperatura atinge a 4.000/5.000º C.
O núcleo da Terra gira, como todo o planeta, e os cientistas acreditam que isso gere uma corrente elétrica. Como uma corrente elétrica gera sempre um campo magnético, estaria aí a explicação para o magnetismo terrestre, que faz nosso planeta comportar-se como um gigantesco ímã. Estudos recentes mostram que o núcleo interno gira um pouco mais depressa que o resto do planeta.
Existem algumas formas de estudar o núcleo da Terra. Uma delas é pelas ondas sísmicas que viajam através do movimento do núcleo, a uma velocidade que depende das propriedades do material que as ondas percorrem.

Existem várias razões para presumir que o núcleo é feito predominantemente de ferro. O ferro é um dos elementos mais abundantes na Terra e no Universo, sendo encontrado em asteroides. Os cientistas acreditam também que uma grande parte da Terra primitiva foi formada por acreção planetária via colisões e uniões de asteroides, que são ricos em ferro.


Além disso, é tão quente no interior da Terra que a composição metálica torna-se líquida. Diferentes elementos apresentam diferentes densidades e assim, num meio fluído, separam-se os elementos em função da sua densidade: os pesados ​​para o fundo e os leves para o topo. O interior da Terra tem sido quente por tanto tempo que este processo de separação por densidade já deve ter atingido o equilíbrio – daí vem a ideia de que o núcleo externo da Terra é predominantemente composto por um elemento.

Algumas das provas mais convincentes para uma composição de núcleo de ferro vem do que sabemos sobre a gravidade e ondas de energia. Sabemos o tamanho da Terra e a força gravitacional, portanto, pode-se dizer qual a densidade da Terra.  Da densidade da Terra, podemos estimar quais os elementos que a compõem, e um núcleo de ferro é o melhor modelo para estimar sua massa.

A partir de ondas de energia, os geólogos usam sismógrafos para medir movimentos interiores (por exemplo, terremotos) da Terra, e essas ondas de energia formam ondas de compressão e cisalhamento (ou tangencial, ou tensão cortante).

Dos sismógrafos em todo o mundo, podemos ver que as ondas de cisalhamento desaparecem quando atingem a profundidade do núcleo externo da Terra. Isso nos diz que o núcleo externo é composto de material líquido. Isso ocorre porque os líquidos não podem ser cortados – só se movem para fora do caminho.

Por outro lado as ondas de compressão desaceleram.  Isto é porque o líquido é muito menos compressível do que o material acima de rocha que está parcialmente fundido. A partir de agora, entendo como as ondas de compressão se movem, podemos estimar a velocidade delas. Acontece que a velocidade com que as ondas de compressão se movem através do núcleo externo é realmente perto da velocidade que seria no ferro líquido. Quando as ondas de energia chegam ao núcleo interior, podemos ver que as ondas de compressão e de cisalhamento parecem acelerar acentuadamente. Pelo mesmo princípio que compreendemos a velocidade como que essas ondas viajam através de materiais, podemos ver que estas velocidades são muito próximas as conhecidas para a composição de ferro sólido.

Isto não exclui totalmente a existência de diferentes elementos no núcleo. Pode haver outros vestígios de outros elementos. No entanto, a partir do que sabemos, temos razão em inferir que nosso núcleo é feito predominantemente de ferro. 



Fontes:



Jatos de material estelar estão vindo em direção a Terra

Clique nas imagens para ampliar




Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), os astrônomos obtiveram um plano detalhado o material que se afasta de uma estrela recém nascida. Ao observar o brilho emitido pelas moléculas de monóxido de carbono num objeto chamado Herbig-Haro 46/47, os astrônomos descobriram que os seus jatos são ainda mais energéticos do que o que se pensava anteriormente. As novas imagens muito detalhadas revelaram igualmente jatos apontando para direções opostas
As estrelas jovens são objetos violentos que ejetam matéria a velocidades tão elevadas como um milhão de quilômetros por hora. Quando este material choca no gás circundante, faz brilhar criando um objeto, como por exemplo, o espetacular Herbig-Haro 46/47, situado a cerca de 1400 anos-luz de distância da Terra, na constelação austral da Vela. Este objeto foi alvo de um estudo com o ALMA durante a fase de Ciência Preliminar quando o telescópio ainda se encontrava em construção, muito antes da rede estar completa.


As novas imagens revelam detalhes em dois jatos, um deslocando-se na direção da Terra e o outro na direção contrária. O jato que está se afastando era praticamente invisível em imagens ópticas anteriores, devido ao obscurecimento provocado pelas nuvens de poeira que rodeiam a estrela recém nascida. O ALMA não só obteve imagens muito mais nítidas que as anteriores, como permitiu ainda aos astrônomos medir a velocidade à qual o material brilhante se está a deslocar no espaço.

Estas novas observações do Herbig-Haro 46/47 revelaram que algum do material ejetado tinha velocidades muito mais elevadas do que as medidas feitas anteriormente, o que significa que o gás ejetado transporta muito mais energia e quantidade de movimento do que o que se pensava.

O líder da equipe e o autor principal deste novo estudo, Héctor Arce (Universidade de Yale, EUA) explica que “a excelente sensibilidade do ALMA permitiu a detecção de particularidades nesta fonte não observadas antes, tal como este jato muito rápido, que parece um exemplo de um modelo simples retirado dum livro clássico, onde o jato molecular é gerado pelo vento abrangente de uma estrela jovem.”

As observações foram obtidas em apenas cinco horas de tempo de observação.

“O detalhe nas imagens do Herbig-Haro 46/47 é assombroso. Talvez mais extraordinário ainda seja o fato de que, para este tipo de observação, o ALMA ainda está numa fase bastante inicial. 

Diego Mardones (Universidade do Chile), outro co-autor do trabalho, enfatiza que “este sistema é similar à maioria das estrelas isoladas de pequena massa, durante a sua formação e nascimento. Mas é também invulgar porque a corrente de material emitida pela estrela choca com a nuvem de modo direto de um dos lados da estrela jovem enquanto que do outro lado escapa da nuvem. Este fato torna este sistema excelente para estudar o impacto dos ventos estelares na nuvem progenitora a partir da qual a estrela jovem se formou.”

A nitidez e sensibilidade alcançadas nestas observações ALMA permitiram também à equipe descobrir uma componente da corrente de gás, desconhecida anteriormente, que parece ser emitida por uma companheira da jovem estrela de massa mais baixa. Este jacto secundário faz praticamente um ângulo reto com o objeto principal, quando observado a partir da Terra, e encontra-se aparentemente a escavar o seu próprio buraco na nuvem circundante. "O ALMA irá certamente revolucionar o campo da formação estelar!”



Nesta imagem do ALMA as cores representam os movimentos do material: as partes azuis do lado esquerdo correspondem a um jato que se aproxima da Terra (desvio para o azul) e o jato maior à direita está a afastar-se (desvio para o vermelho).




Fonte:



segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Qual é a menor coisa que existe no Universo?

Por Andy Parker - BBC


A física tem um problema com as coisas pequenas. Ou, para ser mais preciso, com as coisas infinitamente pequenas.
Nós imaginamos que podemos nos mover qualquer distância que queiramos, não importando quão pequena ela seja.
Esta percepção foi explorada por Zeno em um de seus famosos paradoxos. Aquiles nunca poderia realmente chegar a qualquer lugar já que a distância que ele teria que cobrir seria reduzida à metade um número infinito de vezes - na metade do caminho, então a meio caminho de novo, e assim por diante. Ele teria que dar um número infinito de passos cada vez menores para alcançar seu objetivo.
Os matemáticos têm explicado esse aparente paradoxo, e eles ficam totalmente confortáveis com números infinitos, bem como com as distâncias e objetos infinitamente pequenos. As respostas a que eles chegam são usadas na física para descrever o mundo interior do átomo.
Mas a natureza não parece se sentir tão confortável com isso.
Quando tentamos descrever algo como um "ponto" - um objeto infinitamente pequeno - então surgem alguns dos problemas mais difíceis em física.
Como toda a física de partículas se baseia em partículas do "tipo ponto", reagindo às forças em espaços minúsculos, pode-se perceber que os problemas surgem muito rapidamente.
Esses problemas aparecem sob a forma de respostas sem sentido quando as equações são usadas para as distâncias muito pequenas.
Desta forma, os físicos estão cada vez mais desconfiados dos pontos, e se perguntando se de fato a natureza tem um limite para o menor objeto possível, ou mesmo se há um menor espaço possível.

Bonecas russas
A busca pelos menores blocos de construção da Natureza provavelmente remonta ao primeiro homem das cavernas que tentava fazer uma borda afiada em uma pedra.
Os gregos nos deram o conceito de átomos como bolas de bilhar que se unem para formar os materiais que vemos, e essa imagem continua na mente da maioria dos povos.
Mais de um século atrás, J.J. Thomson conseguiu extrair elétrons de átomos, e ele foi seguido em 1932 por Cockcroft e Walton, que separaram o núcleo atômico com um acelerador de partículas primitivo, mas inteligentemente concebido.
Estes acabaram por se mostrar serem apenas as primeiras bonecas russas.
Experimentos sucessivos, usando aceleradores mais e mais potentes, revelaram que o núcleo era composto de prótons e nêutrons, que por sua vez eram feitos de quarks.
Os sinais do bóson de Higgs gerados recentemente no LHC se tornaram a mais recente das bonecas russas.
Mas todas as tentativas para dividir quarks ou elétrons, mesmo usando o incrível poder do LHC, falharam.
Incomodamente, os chamados blocos básicos de construção da natureza parecem ser pontos - certamente menores do que 0,0000000000000000001 metro de diâmetro.
Rumo ao infinito
Pode-se ver onde o problema surge. Todas as forças da natureza ficam mais fortes conforme as distâncias encurtam.
A famosa "lei do inverso do quadrado" da gravidade, de Newton, por exemplo, diz que a força da gravidade fica quatro vezes mais forte se você reduzir pela metade sua distância de um objeto.
Se imaginarmos partículas como sendo pontos, você pode fazer a distância entre duas delas tão pequena quanto queira, de forma que a força se torna infinita. Em última instância, isso iria quebrar o tecido do espaço, criando uma espuma de buracos negros, o que certamente faria Aquiles progredir ainda mais lentamente.
Os físicos normalmente conseguem contornar este problema usando a imprecisão contida na mecânica quântica, que permite que a matéria se comporte como partículas ou como ondas.
Você também pode ter ouvido falar do Princípio da Incerteza de Heisenberg, que não nos permite saber exatamente onde alguma coisa está. Assim, mesmo que uma partícula possa ser um ponto, a sua localização é incerta, e ela aparece nas equações como uma bola nebulosa - problema resolvido!

Bem, quase. Nós realmente não sabemos como aplicar a mecânica quântica à gravidade, e por isso ainda ficamos às voltas com previsões absurdas, como o colapso total do espaço se tentarmos descrever campos gravitacionais fortes, como os que estão dentro dos buracos negros.
Acontece que a mecânica quântica e a teoria da gravidade de Einstein não se misturam.
Várias soluções engenhosas têm sido propostas para este problema.
A mais óbvia é que há uma outra boneca russa, e as menores partículas são pequenas bolas de bilhar. Se for assim, um dia, talvez usando o LHC, veremos o tamanho dos menores objetos que podem existir.

Fonte: Inovação tecnológica