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terça-feira, 23 de julho de 2013

Estrelas Anãs vermelhas

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Concepção artística de uma anã vermelha



Parece ser o tipo mais comum de estrela na Via Láctea. Das trinta estrelas mais próximas, vinte são anãs vermelhas. Contudo, devido à sua baixa luminosidade, as anãs vermelhas não podem ser observadas facilmente às distâncias interestelares nas quais sim observamos outras classes de estrelas; de fato, nenhuma anã vermelha é visível à simples vista, porque elas são menores que o sol. E por isso, fundem seu combustível nuclear vagarosamente,  através da cadeia próton-próton. A sua temperatura à superfície é relativamente baixa.

Em geral, nas anãs vermelhas, o transporte de energia do interior para a superfície é por convecção. Isto ocorre porque a radiação é muito difícil, devido à opacidade do interior, que tem uma densidade relativamente alta comparada com a temperatura e é mais difícil para os fotões viajarem para a superfície, de modo que a convecção torna-se mais eficiente para a transmissão da energia.

Ao serem as anãs vermelhas totalmente convectivas, o hélio não se aglomera no núcleo e, comparado com estrelas maiores, como o Sol, podem queimar uma proporção maior do seu hidrogênio antes de abandonar a sequência principal. O resultado é que a vida estimada das anãs vermelhas supera a idade estimada do Universo, possivelmente de 200 000 milhões a vários bilhões de anos, pelo qual as estrelas com menos de 0,8 massas solares não tiveram tempo de deixar a sequência principal. As anãs vermelhas de menor massa têm vidas ainda mais longas, o que implica que a sua evolução tem de se estudar mediante modelos matemáticos ao não dispor de suficientes dados por observação.

O fato das estrelas de baixa massa permanecerem no universo por mais tempo permite estimar a idade dos aglomerados estelares.

Um mistério ainda não solucionado desde 2007 é a ausência de anãs vermelhas sem metais, entendendo por metal qualquer elemento mais pesado que o hidrogênio ou o hélio. O modelo do Big Bang predisse que a primeira geração de estrelas somente deveria ter hidrogênio, hélio e traças de lítio. Se entre estas estrelas existissem anãs vermelhas, estas ainda deveriam ser observáveis na atualidade, mas nenhuma foi identificada ainda. A explicação preferida consiste em que, sem elementos pesados, apenas podem formarem-se estrelas grandes de População III (ainda não descobertas), que depressa fusionam elementos pesados que depois são incorporados na formação das anãs vermelhas. Outras explicações alternativas, como que as anãs vermelhas de idade zero na sequência principal são ténues e muito escassas, são considerados muito menos prováveis, pois parece que entram em conflito com os modelos de evolução estelar.


Concepção artística de um planeta orbitando uma anã vermelha.

Embora a maior parte dos exoplanetas descobertos orbitem ao redor de anãs amarelas similares ao Sol, são conhecidos sistemas planetários ao redor de anãs vermelhas.

Especula-se que apenas 5% são alvos de estudo na busca por exoplanetas, estes podem ser menos massivos, como consequência do menor tamanho dos seus discos protoplanetários

Gliese 876 b, descoberto em 1999, foi o primeiro exoplaneta conhecido orbitando em redor de uma anã vermelha. Gliese 581 tem pelo menos quatro planetas; dois deles, Gliese 581 c e Gliese 581 e, orbitam na Zona habitável da estrela e, entre os exoplanetas descobertos por enquanto, são prováveis candidatos a ser habitáveis.

zona habitável em torno destas estrelas fica a distâncias compreendidas entre 0,1 e 0,2 UA, correspondendo a períodos orbitais entre 20 e 50 dias.


Wikipédia


Mariane SD





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