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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Imagem das galáxias Antena






As galáxias Antena (também conhecidas como NGC 4038 e 4039) são um par de galáxias em espiral em colisão, que apresentam formas muito distorcidas, situadas a cerca de 70 milhões de anos-luz de distância, na constelação do Corvo. Esta imagem combina observações ALMA, obtidas em duas regiões diferentes de comprimentos de onda durante a fase de testes iniciais do observatório, com observações obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA.

A imagem Hubble é a imagem mais nítida alguma vez obtida para este objeto, sendo por isso um marco em termos de resolução. O ALMA observa a comprimentos de onda muito maiores, o que faz com que tenha muito mais dificuldade em obter imagens comparativamente tão nítidas. No entanto, quando a rede ALMA estiver completa, a sua visão será dez vezes mais nítida que a do Hubble.



A maioria das observações de teste do ALMA utilizadas para criar esta imagem, foram obtidas com apenas doze antenas a trabalhar em uníssono - muito menos do que as que serão utilizadas para fazer as primeiras observações científicas - e situadas muito próximo umas das outras. Ambos os factores contribuem para fazer desta nova imagem apenas o aperitivo do que ainda está para vir. À medida que o observatório for crescendo, a nitidez, velocidade e qualidade das observações irá aumentar de forma drástica, já que mais antenas ficarão disponíveis e a rede irá crescer em tamanho. Apesar disso, esta é a melhor imagem no comprimentos de onda submilimétrico das galáxias Antena e abre uma nova janela para o Universo submilimétrico.

Enquanto a radiação visível - aqui mostrada a azul - revela-nos as estrelas recém nascidas nas galáxias, a imagem ALMA mostra algo que não pode ser visto a esses comprimentos de onda: as nuvens de gás denso frio a partir das quais as novas estrelas se formam. As observações ALMA - aqui mostradas a vermelho, rosa e amarelo - foram obtidas a comprimentos de onda específicos da radiação milimétrica e submilimétrica (bandas 3 e 7 do ALMA), calibradas para  detectar moléculas de monóxido de carbono nas nuvens de hidrogénio (que seriam invisíveis de outro modo), onde se estão a formar novas estrelas. 

Foram encontradas enormes concentrações de gás, não apenas nos corações das duas galáxias mas também na região caótica onde estão a colidir. Aí, a quantidade total de gás chega aos mil milhões de vezes a massa do Sol - um reservatório extremamente rico em material para futuras gerações de estrelas. Observações como estas serão vitais para compreender de que modo é que as colisões de galáxias dão origem ao nascimento de novas estrelas. Este é apenas um exemplo de como o ALMA revela partes do Universo que não podem ser observadas com telescópio a operar no visível e no infravermelho.





Créditos:
ALMA (ESO/NAOJ/NRAO). Visible light image: the NASA/ESA Hubble Space Telescope
Fonte:



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