Segundo uma pesquisa feita em 2009 com 2.303 americanos, 76% acreditam em milagres, 72% acreditam em anjos, 71% imortalidade da alma, 70 % ressurreição de Cristo, 69% demônios, 61% inferno, 45% na teoria da evolução de Darwin.
É perturbador o fato que mais pessoas acreditam em anjos e demônios do que na teoria de Darwin. Se fosse no Brasil os resultados não seriam tão diferentes.
Parte do problema talvez seja que a maioria das pessoas cerca de 70% dos americanos não entendem o processo cientifico e essas crenças estão arraigadas em suas mentes. Uma solução seria ensinar como a ciência funciona, alem de o que a ciência conhece e nos oferece.
Uma segunda pesquisa mostrou que alunos tem dificuldade em aplicar seus conhecimentos científicos para avaliar alegações pseudocientíficas (falsa ciência). Portanto, temos que melhorar o ensino de biologia e de ciência na escola.
Uma outra solução para atenuar a superstição e a crença no sobrenatural, seria ensinar como a ciência funciona, alem do que a ciência conhece e nos oferece. O método científico pode ser ensinado.
Veja o método simplificado:
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O problema se agrava porque a maioria das crenças arraigadas, estão imunes aos ataques educacionais, especialmente para aqueles que não estão preparados para aceitar evidências contrarias.
Construímos nossas crenças por varias e diferentes razões subjetivas, pessoais, emocionais e psicológicos, em contextos criados pela família, por amigos, colegas, pela cultura e pela sociedade.
O cérebro não gosta de ficar sem resposta e busca por padrões, mesmo em coisas sem sentido ou que não existem, aos quais então infunde um significado. Chamo ao primeiro processo de padronicidade: encontrar padrões. O segundo chamo de acionalização: tendencia de dar aos padrões intenção e ação. Não podemos evitar isso. Nosso cérebro evoluiu para conectar pontos de nosso mundo em padrões significativos, capazes de explicar por que as coisas acontecem.
Uma vez formadas as crenças, o cérebro começa a procurar e encontrar evidências que as confirmem, o que aumenta a confiança emocional e acelera o processo de reforço dessas crenças, Assim, o processo continua em um ciclo de reforço dessas crenças. O cérebro faz também um julgamento de valor sobre as crenças. E é raro as pessoas mudarem suas crenças e opiniões, principalmente na religião e na politica. sendo que quando tomam conhecimento de crenças diferente das suas, temos a tendencia de rejeita-las ate consedera-las más, absurdas, ou ambas as duas. Essa propensão torna ainda mais difícil mudar de opinião diante de novas evidências.
Trecho do livro Cérebro e Crença do psicologo Michael Shermer.
Recomendo a leitura para um melhor entendimento do tema abordado nesse artigo.
O conhecimento cientifico pode ser um caminho, mas, temos que ter a mente disposta a mudar nossas opiniões, para reavaliar e até abandonar antigas crenças.
Mariane SD
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