Clique para ampliar
Nos últimos 40 anos, biólogos evolutivo têm investigado a
possibilidade de que algumas alterações
evolutivas ocorreram similar ao funcionamento de um relógio. Ao curso de
milhares de anos, mutações podem acumular-se em qualquer determinado trecho de
DNA a uma velocidade confiável. Por exemplo, o gene que codifica a proteína alfa
globulina (um componente da hemoglobina) sofre mudanças de base a uma taxa de
0,56 mudanças por par de base por bilhão* de anos. Se essa taxa é confiável, o gene
pode ser usado como um relógio molecular.
Quando um trecho de DNA de fato se comporta como um relógio molecular,
se torna uma ferramenta poderosa para estimar as datas de eventos de separação
de linhagens. Por exemplo, imagine que comprimentos de DNA encontrados em duas espécies,
diferem apenas por 4 bases, e nós sabemos que esse comprimento inteiro de DNA
muda a uma taxa de aproximadamente 25 milhões de anos. Isso significa que as
duas versões do DNA diferem por 100 milhões de anos de evolução e que seu
ancestral comum viveu há 50 milhões de anos.
Como cada linhagem vivenciou sua própria evolução, as duas espécies
provavelmente descendem de um ancestral comum que viveu há, ao menos, 50
milhões de anos.
Essa técnica tem sido usada para investigar vários problemas
importantes, incluindo a origem do ser humano moderno, a data da divergência
humana-chimpanzé e a data da “explosão” Cambriana.
Usar relógios moleculares para estimar datas divergentes
depende de outros métodos de datação. Para calcular a taxa em que um trecho de DNA sofre alterações, biólogos
têm que usar datas estimadas de outras técnicas de datação, relativas ou
absolutas.
*Esse número é para alterações que afetam a estrutura da
proteína.
Nenhum comentário:
Postar um comentário